segunda-feira, 13 de maio de 2013

Efeito sanfona do psicológico


Querido diário,

 
Toda mulher reclama, reclama e reclama e reclama sobre a perda de peso, nós SEMPRE temos os malditos 2 kgs a perder. Depois de perdê-los vivemos a constante tensão de como manteremos aquele tão suado sonhado peso. Nós seres humanos vivemos nessa incansável busca por aquilo que nos trará satisfação e na perturbadora inquietação de como manter aquilo que conquistamos, pois afinal, não queremos voltar ao estado que tanto nos incomodava. Usei esse exemplo feminino ou metrosexual (rs), para adentrar naquilo que me preocupa nos últimos dias, a volta da minha depressão.
Quem já teve depressão sabe bem que não tem cura, mas podemos aprender a lidar com essa doença, lidar com os fatos que poderiam nos fazer voltar àquela situação, porém às vezes somos pegos de surpresa e "BUUUM", lá vem a depressão bater à porta para nos fazer uma visita (estou muito "metafórica" hoje rs). Quando isso acontece, fico em alerta total, presto bem atenção, penso bem se é depressão ou tristeza, se for tristeza tento refletir a melhor forma de lidar com ela sem deixá-la evoluir para a doença, para a depressão. Mas, quando é depressão, “aí o bicho pega”.

 

(Putz!! Bicho Jackie Chan, pega mesmo, viu?! Não tem como fugir...hahaha)
 
Querido diário, ano passado após mais uma crise de depressão, fui ver uma psiquiatra. Ela me disse o seguinte: "você deve se afastar de tudo que te preocupa e fugir do estresse", é claro que eu ri na cara do perigo dela, pois como assim “afastar de tudo que me preocupa”? Quem é mais louca, ela ou eu? Nessa correria do dia-a-dia, da forma como somos cobrados na sociedade, de tudo que devo fazer senão simplesmente não será feito. Tenho 26 anos, faço faculdade, sou casada, pego 4 ônibus por dia, sou estagiária (SLAVEÁRIA rs), fugir de tudo que me preocupa e causa estresse, é fugir da minha vida...
Okay, tenho que aprender a lidar com tudo isso, mas é tão difícil. É como perder os 2 kgs tão sonhados, mas continuar a senti-los no corpo, vê-los na hora de colocar a roupa, enfim é uma doença (claro que é anta, se chama anorexia rs), mas o que  quero dizer é, nem sei o que quero dizer... Na verdade, acho que só queria desabafar, botar para fora o que me faz mal, falar em como me sinto impotente quando isso volta, em como se sentem todas as pessoas que sofrem com a depressão. O bom é que com atenção, tratamento e pessoas especiais ao nosso lado isso passa, podendo ser vivido com menos efeitos colaterais e deixando menos sequelas.
(Tudo bem botar para fora, chorar, mas precisa se transformar no predador com dor de barriga?!rs)
 


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Compartilhando o fel e o mel

Querido diário,

Hoje é feriaaadoooo, delícia demais um feriado no meio da semana, REVIGORANTE. Eu estava aqui sentada mexendo no computador, meu querido marido (sem ciúmes querido diário, você também é um querido...rs) dormindo e acabei me lembrando do que eu te disse da última vez que escrevi aqui, sobre um casamento feliz. Como eu disse, acho que é um pouco bobo dizer a famosa frase: "como é difícil manter um casamento nos dias de hoje", isso é realmente uma BOBEIRA, afinal, quando foi fácil manter um casamento? Principalmente com felicidade? Antigamente, os casamentos duravam mais, porém isso não quer dizer, necessariamente, que o casamento se mantinha feliz. Na verdade acredito que as obrigações sociais existentes, eram o motivo da duração desse tipo de união. Também havia a posição de total fragilidade das mulheres, não apenas socialmente, como financeiramente (quem nunca ouviu quando criança as tias velhas e gordas, dizerem que tal vizinha era mal falada por ser desquitada, DESQUITADA!!! hahaha). A mulher de antigamente e até mesmo o homem (claro que em proporções menores), eram muito criticados por não conseguirem manter um casamento, a instituição social que deve ser vitalícia, DE QUALQUER JEITO, pelo menos era assim que se viam as coisas antigamente.

Hoje em dia, tudo mudou! Mudando de forma positiva e negativa, evidentemente. O papel da mulher na sociedade é bem diferente, a mulher criou força de vontade, autoestima e um "escudo" contra uma sociedade que apesar de mudada, guarda bastante em si a noção machista das coisas, isso influenciado pelas próprias mulheres, infelizmente (mas, isso é assunto para outro dia). Obrigação e casamento na mesma frase, não existem mais. Casamento é por querer estar junto, por gostar da pessoa, por estarmos sempre (homens e mulheres) a procura daquela pessoa que irá nos completar e nos proteger da solidão. Porém,  a mudança negativa, foi a total perda da importância do casamento para algumas pessoas. Por favor, não sejamos nem 8 e nem 80, há a possibilidade do meio termo...

(Se beber não case, quer dizer, se casar USE CALCINHA rs)

Querido diário, casamento feliz é aquele em que compartilhamos o fel e o mel, não existe casamento com alegrias o tempo todo e muito menos, casamento com brigas o tempo todo. Porém, são necessárias as brigas, as chateações e os desentendimentos, para dessa forma, conhecer o outro e para nos fazer conhecer. O fel do casamento, não é apenas o outro, o pior de toda e qualquer relação, é termos que lidar com a nossa paciência  e com a aceitação das diferenças do outro. É também perceber que somos, chatos, irritantes e temos defeitos, assim como nosso companheiro. O fel se transforma em mel, quando aprendemos a AMAR as diferenças e os erros do outro. O mel no casamento, é tudo aquilo que encontramos de prazeroso nele, que para cada um, para cada casamento serão coisas diferentes. Temos individualmente, necessidades distintas e é por isso que não comparo meu relacionamento com o de outras pessoas. Isso é bem importante, afinal "o jardim do vizinho NÃO É, em absoluto, mais verde".

Bom, vou lá curtir meu feriado, dormir e comer fazem a lista de afazeres (rs). FELIZ DIA DOS TRABALHADORES!!!

(Seriado Chaves, maior fonte de sabedoria do mundo...rs)