Querido diário,
Hoje me peguei pensando em algo que me terrifica, uma
gaiola! Mas deixe-me te explicar melhor... Eu amo o filme "O senhor dos anéis",
por zilhões de motivos, assim como tantos apaixonados pelos filmes e livros,
fico enlouquecida pela história de força, coragem e determinação, a aventura, o
Aragorn e o Legolas (huuuuum... dilícia rs). Porém no meio da minha adolescência, vendo o filme, tive explicado, descrito e personificado um medo, cujo qual eu
jamais havia conscientizado, mas que sempre esteve lá.
Numa conversa (apaixonante) Aragorn pergunta a Éowny,
qual seria o seu maior medo, sua resposta caiu como uma bomba na minha “rosa”
cabecinha de adolescente, Éowny disse: “Uma gaiola. Ficar atrás de grades até
que o hábito e a velhice as aceitem e as oportunidades de grandes feitos
estejam além da lembrança ou do desejo”.
(Cena a que me refiro)
Nossa, como essa resposta, essa simples e inocente
resposta pode ser tão verdadeira e aterrorizadora ao ponto de doer tanto? Lembro-me
que após o choque inicial eu pensei: “mas de onde vem ou aonde está essa maldita
gaiola?” Será que ela fica na nossa cabeça ou no nosso coração? Fica nos
nossos atos ou em nossas omissões? Está guardada com nossos inimigos ou lá
naquele lugarzinho, bem pertinho, mas que temos medo de ir? Anos depois da
primeira vez em que assisti ao filme (e após tê-lo visto tantas vezes) ainda
não consigo ao certo responder a pergunta que me fiz, depois de ouvir a resposta
de Éowny a Aragorn...
Tendo a acreditar que é algo em nós, algo que nos
prende a sentimentos autodestrutivos, sentimentos esses que nos viciam pela
preguiça e o costume. Mas não consigo excluir as influencias externas. Como por
exemplo, o modo como fomos criados, as pessoas que cruzam nosso caminho,
as oportunidades dadas, as palavras ditas.
Eu, particularmente ("nãaao jura??" rs PLEONASMO NECESSÁRIO
rs), gosto de tempos em tempos fazer uma imersão em mim. Tenho certeza que o
autoconhecimento é algo poderoso (assim como "O Anel"rs - piada idiota, eu sei), é sabendo nossas fraquezas que conseguimos produzir
“anticorpos”, contra os parasitas internos e/ou externos a nós.
Querido diário, a pergunta que fiz ainda continua vagando em minha mente,
e talvez isso seja algo bom, pois ficará martelando na minha cabeça, não me
deixando esquecer o incomodo que senti ao ouvir a frase dita por Éowny.
E o medo da gaiola? Bom... ele continua!!!!
(taaan daaann...rs)
Breno diz:
ResponderEliminarReflexões... Seriam várias flexões repetidas vezes?
Hahaha pode ser também, mas no texto acredito que os significados abaixo sejam mais adequados:
ResponderEliminarReflexão: ação de refletir, meditar.
Obrigada pela visita,volte sempre.
É como disse: autoconhecimento é o "precious".
ResponderEliminarFalando em filmes, até me lembrei do oráculo lendo para Neo a frase na parede "conheça-te a ti mesmo". Ele era foda, mas não sabia disso. Dúvidas atrapalhavam. Ele mesmo disse: "Morfeu quase me convenceu". A gente tem dúvidas, medos, freios, mas no fundo quer é que as coisas deem certo. De vez em quando, a gente até pode contar com alguns morfeus e oráculos pra tentar abrir os olhos da gente. Tem que se dar valor a eles... Mas seja lá como for, a gente tem que ver, tem que enxergar! E quando consegue isso, 'sai da gaiola', seja lá de que tipo seja e qual forma tenha. Acho que a prióri, somos todos fódas, cada um do seu jeito.
Quanto a "excluir as influencias externas": ora, que bom que não, não é? É talvez mais que característica de ser humano, é pré-requisito pra tal, interagir, influenciar, ser influenciado. Negócio é filtrar e tá tudo certo.
Há também o ponto que o que resta, é viver bem na gaiola. De início ler isso vai até parecer algo ruim, mas há momentos e fatos, que fazem com que a vida vá tomando certos rumos, acontecendo... Há coisas que vão além do nosso controle. Aí, o que resta é viver na gaiola. Ah... Se pararmos pra pensar, muito profundamente, como a vida se apresenta pra nós de vez em quando, tudo que resta é viver bem na gaiola. Mas não se entristeçam por isso não... No fim tá todo mundo enjaulado!
Farei um post falando também sobre o "conhece-te a ti mesmo", acho interessantíssimo.
ResponderEliminarAcredito que as influencias externas são necessárias e bem vindas, porém ainda sim, danosas. Principalmente quando não sabemos filtrá-las. Porém esse "filtrar" é bem mais complicado na prática, uma vez que tais influencias externas negativas, podem vir de quem menos esperamos que irá nos machucar...
A minha visão sobre a Gaiola é diferente da sua, mas é por isso que nos meus posts não irei falar de forma "fechada" sobre coisas que todos sentimos, mas muito provavelmente percebemos de formas diferentes.
Estou muito feliz com seu comentário porque era isso mesmo que eu queria, uma troca com pessoas que possam se interessar com as mesmas coisas que uma melancólica bem humorada se interessa.
Obrigada, volte sempre!